A Primeira República e o Ensino de Química no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1351Resumo
Busca-se, por meio de uma perspectiva genealógica (FOUCAULT, 1979), apresentar o jogo de forças que configura a estratégia de instauração da Química na escola na Primeira República no Brasil. A analítica proposta percorre uma historicidade que demonstra os atravessamentos econômicos e políticos que contribuíram com uma nova orientação educativa para pensar a escolarização no Brasil, perpassando pela Reforma Benjamin Constant, pelo Período Getulista, por Francisco Campos e pela Escola Nova. O entrelaçar dessas forças e iniciativas possibilita o surgimento e a popularização de um Ensino de Química escolar fortemente influenciado pelas duas Guerras Mundiais, no qual a Química começa a tomar maior destaque enquanto disciplina nos currículos escolares ao final do período republicano brasileiro.
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