Memórias da escolarização em professoras do Piauí nas décadas de 1960 e 1970
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1538Abstract
Foram recuperadas, mediante as memórias das alfabetizadoras, suas trajetórias de escolarização nas décadas de 1960 e 1970 para detectar a influência dessas etapas em sua formação docente e averiguar a importância da memória subjetiva quando se trata de elucidar a formação de professores. Fundamentou-se a pesquisa nas concepções de autores como Matêncio, Bergson, Portelli, Halbwachs, entre outros. A metodologia de pesquisa utilizada é qualitativa, e realizou-se análise das histórias narradas de modo autônomo pelas colaboradoras. Constatou-se a influência familiar e dos laços afetivos estabelecidos com o mundo escolar, o que corrobora a complexidade da formação docente e o imprescindível papel da memória para apreender a profundidade desse processo.
Downloads
References
AMADO, J.; FERREIRA, M. M. Coordenadoras. Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1995.
BERGSON, H. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular. Leitura de Operárias. Petrópolis: Vozes, 2000.
BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
BOURDIEU, P. A produção da crença. São Paulo: Zouk, 2004.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, p. 11.429, 27 dez. 1961.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, 1996.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os artigos 6º, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do Ensino Fundamental aos seis anos de idade. Brasília: Presidência da República, 2005.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Brasília: Presidência da República, 2006.
DOMINICÉ, P. O processo de formação e alguns de seus componentes relacionais. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (org.). O método (auto)biográfico e a formação. Cadernos de Formação I. Lisboa: Pentaedro, 1988. p. 51-61.
FERRAROTTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (org.). O método (auto) biográfico e a formação. Cadernos de Formação I. Lisboa: Pentaedro, 2010. p. 31-59.
FERREIRO, E. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1999.
FREITAS, S. M. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Empresa Oficial, 2002.
GUEDES-PINTO, A. L. Memórias de leitura e formação de professores. Campinas: Mercado de Letras, 2008. (Coleção Gêneros e Formação).
GUEDES-PINTO, A. L. Rememorando trajetórias da professora-alfabetizadora: a leitura como prática constitutiva de sua identidade e formação de profissionais. Campinas: Mercado das Letras, 2001.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
JOSSO, C. Experiências de vida e formação. Lisboa: EDUCA, 2002.
LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 19, p. 1-10, 1999.
MATÊNCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos e escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas: Mercado das Letras: Autores Associados, 1994.
MENDONCA, G. S.; SOUZA, V. L. T. de; GUZZO, R. S. L. O conceito de ideologia na psicologia social de Martín-Baró. Revista Psicologia Política, [s. l.]. v. 16, n. 35, p. 17-33, 2016. ISSN 1519-549X.
NÓVOA, A. (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote: Instituto de Inovação Educacional, 1992.
PÉREZ-GÓMEZ, P. O. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 2000. p. 93-114.
PIAUÍ. Mensagens do Governador Pedro de Almendra Freitas à Assembleia Legislativa em sua sessão legislativa de 1952. Teresina: Imprensa Oficial, 1952.
PORTELLI, A. Forma e significado na história oral: a pesquisa como experimento de igualdade. Projeto História, São Paulo, n. 14, p. 25-39, 1997.
SOARES, M. B. Concepções de linguagem e escrita. In: BASTOS, N. B. (org.). Língua portuguesa – história, perspectivas, ensino. São Paulo: EDUC, 2003.
SOARES, M. B. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 2004.
SOUZA, E. C. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professor. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador: UNEB, 2006.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Rosangela Pereira de Sousa
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.