A escola como lugar de redenção:
pistas de devir-criança do brincar
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1669Palavras-chave:
Crianças, Brincar, Tecnologias digitais, Redenção, Linhas de fugaResumo
Este texto explora as linhas de fuga do dispositivo da redenção, valendo-se de pesquisas já realizadas sobre o brincar das crianças em relação às tecnologias digitais na Educação. Nesse dispositivo, observa-se que os discursos frequentemente enfatizam a escola como um lugar para preservar as brincadeiras consideradas tradicionais e como um ambiente para experimentar maneiras de “brincar melhor com as tecnologias digitais”. Assim, ela é considerada um local de redenção. Neste texto, discute-se que, no agenciamento do dispositivo da redenção, surgem brechas na normalização, virtuais linhas de fuga, e acontecimentos em potencial, nos quais, ao brincar junto das crianças e com elas, cria-se espaço para um devir-criança no próprio ato de brincar, atualizando a inventividade de novos mundos.
Palavras-chave: Crianças. Brincar. Tecnologias digitais. Redenção. Linhas de fuga.
Downloads
Referências
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas v. 1. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
DELEUZE, G. Lógica do sentido. Tradução: Luiz Roberto Salinas Fortes. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2018.
DELEUZE, G. O que é um dispositivo. In: BALIBAR, E. et al. Michel Foucault filósofo. Tradução: Wanderson Flor do Nascimento. Barcelona: Gedisa, 1990. p. 155-161.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia, v. 2. Tradução: Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2010.
DERRIDA, J. Políticas da Amizade. Porto: Campo das Letras, 2003.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2002.
FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
FOUCAULT, M. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, M. História da Sexualidade II: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 2001.
FOUCAULT, M. Segurança, território, população. Curso no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT, M. Tecnologías del yo y otros textos afines. Barcelona: Siglo Veintiuno, 1990.
HABOWSKI, A. C. O brincar das crianças em tempos digitais: a produção de discursos na Educação. 2023. 295f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade La Salle, Canoas, 2023.
HABOWSKI, A. C.; RATTO, C. G. Cuidado! As crianças estão em risco: a periculosidade no brincar digital. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, v. 16, n. 35, p. 1-15, 2023. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18880
HABOWSKI, A. C.; RATTO, C. G. Tempos de infância: linguagem e experiência. Childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 18, p. 1-29, 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.69450
JENKINS, H. Cultura da convergência. 2 ed. São Paulo: Aleph, 2009.
KOHAN, W. O. Infância. Entre educação e filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
LAPOUJADE, D. Potências do tempo. São Paulo: n-1edições, 2017.
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
PEREIRA, R. M. R. Pesquisa com crianças. In: PEREIRA, R. M. R.; MACEDO, N. M. R. (Orgs.). Infância em pesquisa. Rio de Janeiro: NAU, 2012. p. 59-86.
SCHÉRER, R. Après tout. Entretiens sur une vie intellectuelle (avec Geoffroy de Lagasnerie). Paris: Cartouche, 2007.
SCHÉRER, R. Émile perverti ou Des rapports entre l’éducation et la sexualité. Paris: Laurence Viallet, 2006.
SIBILIA, P. Redes ou Paredes. A escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
SKLIAR, C. Infâncias da linguagem, infâncias da infância, memórias de infâncias: depois é tarde demais. Childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 14, n. 30, p. 245-260, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.30700
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Adilson Cristiano Habowski, Cleber Gibbon Ratto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.